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quinta-feira, 11 de março de 2010

Novo equipamento pode diminuir em 40% interrupções de energia da Eletropaulo

Companhia testa método para reduzir desligamentos durante

manutenção das redes

Por Luciano Costa

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Divulgação/AES










Desde fevereiro, a AES Eletropaulo, concessionária de distribuição que atende a cidade de São Paulo, utiliza um novo equipamento durante a realização das manutenções preventivas e obras de melhorias na rede elétrica.

Chamada de "big jumper" (foto), a máquina tem por objetivo reduzir a incidência de interrupções de energia, que às vezes são necessárias durante estes tipos de intervenção.

A expectativa é de que, com o uso dos "big jumpers", seja possível diminuir os índices de Duração Equivalente de Interrupção por Consumidor (DEC) e de Frequência Equivalente de Interrupção por Consumidor (FEC) da companhia, que são fiscalizados pela Aneel e podem gerar multas caso os limites sejam ultrapassados.

"O uso do equipamento vai diminuir um pouco o FEC, obviamente, mas o DEC é que vai ter uma queda maior. Não há uma previsão oficial, mas eu diria que devemos voltar para indicadores na casa das 8 horas por ano. Hoje estamos em torno de 11, então seria uma queda de cerca de 40%", calcula o diretor-executivo de operações da companhia, Roberto Di Nardo, que conversou com a reportagem do Jornal da Energia.

Ele ainda lembra que os próprios índices ajudam a nortear o uso dos "big jumpers". O executivo aponta a necessidade de restringir a interrupção no fornecimento apenas para os pontos estritamente necessários.

Em caso de manutenção ou obra em redes próximas a locais que já apresentam alto número de interrupções, a máquina será utilizada para realizar a operação com a corrente ligada. O mesmo se aplica em regiões na proximidade de locais que não podem ficar sem energia, como hospitais, emissoras de televisão e outros.

A companhia investiu R$720 mil para desenvolver e construir os equipamentos, que consistem em uma carreta transportadora, uma bobina e quatro cabos de energia isolados.

"É um equipamento bastante simples do ponto de vista do funcionamento. É como se fosse um grande cabo que é colocado entre duas extremidades da rede em que vamos trabalhar, isolando esse trecho. Assim, tiramos a energia desse trecho enquanto todo o resto continua energizado, permitindo uma intervenção pontual no circuito", explicou Di Nardo.

O diretor explica que a ideia foi desenvolvida pela própria empresa, que procurou um fabricante para colocá-la em prática. Di Nardo também destaca que as equipes em campo ganharam mais mobilidade com a utilização do equipamento. A Eletropaulo não descarta adquirir outros "big jumpers", além dos seis que estão operando em sua área de concessão. Os aportes previstos para melhorias da rede em 2010 são da ordem de R$700 milhões.

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