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terça-feira, 23 de março de 2010

ONS prevê crescimento médio no consumo de energia de 5% ao ano até 2014

Carga do SIN aumentará de 52.234 MWmed em 2009 para 55.444 MWmed este ano. Ao final do horizonte, valor deverá ultrapassar os 68.500 MWmed

Da Agência CanalEnergia, Operação e Manutenção
22/03/2010

O Operador Nacional do Sistema Elétrico prevê um crescimento médio do consumo de energia de 5% ao ano entre 2010 e 2014. Com crescimento previsto de 6,1%, a carga de energia do SIN aumentará de 52.234 MW médios verificados no ano passado para 55.444 MW médios em 2010. Nos anos seguintes, a carga deve continuar crescendo a taxas acima dos 5%. Segundo o Operador, em 2012, a interligação Tucuruí-Macapá-Manaus deverá elevar o crescimento da carga em 6,5%, chegando aos 62.384 MW médios. Ao final do horizonte, a taxa de crescimento deve cair para 4,5% e a carga do SIN deverá ultrapassar os 68.500 MW médios.

O aumento da carga não trará problemas para o atendimento energético, segundo Hermes Chipp. Para o executivo, existem sobras estruturais de energia garantida em todos os anos e podem ser ainda maiores com a realização de leilões de energia de reserva. "A expectativa é que tenhamos uma sobra de 2.500 MW médios em 2010 e valores ainda mais elevados no período 2011-2014, sempre acima de 4.000 MW médios”.

As altas temperaturas e o reaquecimento da economia provocaram recordes de consumo no Sistema Interligado Nacional e em todos os subsistemas. No mês passado, recordes foram batidos por quatro dias consecutivos. No último dia 4, a carga do SIN alcançou 70,6 mil MW e no último dia 3 foram registrados 70,4 mil MW. No dia 2 o valor ficou em 68,7 mil MW e no dia 1° em 67,7 MW. O maior recorde de consumo foi registrado no último dia 23, quando a demanda máxima de energia no SIN alcançou 70,9 mil MW.

Para Chipp, a principal explicação para a sucessiva quebra de recordes de demanda está no calor intenso, principalmente na região Sudeste, e no crescimento da produção industrial na retomada após a crise. As térmicas a gás foram ligadas, segundo o executivo, para suprir a alta demanda de energia, sem sobrecarregar o SIN. Pelo aumento inesperado do consumo, devido às altas temperaturas, e pelo sistema de transmissão de Itaipu operar com restrições desde o blecaute, ocorrido em novembro do ano passado, foi necessária uma geração adicional de 4 mil MW médios, que estão sendo produzidos pelas usinas a gás natural.

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