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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Modernização de hidrelétricas aumenta rendimentos e segurança operacional

UHE Boa Esperança, da Chesf, por exemplo, vai investir R$38 milhões em novo sistema de controle


Por Luciano Costa



A hidrelétrica de Boa Esperança, no rio Parnaíba (PI), com capacidade instalada de 237MW, pertence à Chesf e está em funcionamento desde 1970. Depois de 30 anos de operação da unidade, a estatal assinou contrato para modernizar e digitalizar os sistemas de medição, proteção, comando, controle, supervisão e regulação da usina. A companhia, que atua em automação industrial, possui uma unidade voltada exclusivamente para o setor elétrico e já realizou trabalhos semelhantes em outras hidrelétricas, incluindo plantas da própria Chesf.
Os trabalhos, que terão início neste ano e devem durar entre dois anos e meio e três anos, terão também participação da Energia Consult em algumas etapas. De acordo com a Altus, as soluções têm sido bastante utilizadas para aumentar a disponibilidade operacionao, a eficiência, a confiabilidade e a segurança das usinas. "A partir da modernização, você tem uma capacitação de análise de dados em função de operação que permite tirar, com a regulagem das máquinas, um melhor aproveitamento da quantidade de água que passa pela planta", explica o gerente operacional da empresa, Fábio Eidelwin.
Segundo Fábio, o processo é adotado de maneira gradual para que as instalações, que incluem não somente sistemas, mas também partes físicas, como painéis elétricos, possam ser feitas sem parar a geração de energia pelas hidrelétricas. A eficiência do processo também varia. O diretor destaca que o potencial de melhoria na geração de energia depende de cada projeto e está direcionado diretamente ao período em que a planta pode operar em capacidade máxima.
O investimento necessário para a intervenção também pode variar - tanto de acordo com o tamanho da usina quando pela vontade do investidor. Fábio afirma que, para implementar um projeto, a Altus apresenta aos clientes opções com diferentes graus de otimização e controle e fica a cargo do investidor optar pelo que apresentar características mais adequadas ao que ele procura.
A aplicação de sistemas de controle digital de hidrelétricas já responde por cerca de 40% dos negócios da Altus no setor de energia elétrica, ficando à frente das soluções para subestações e transmissão e distribuição de energia. "Tanto as empresas vêm procurar a tecnologia, por já ter sido aplicada em outras usinas, quanto nós vamos ao mercado para apresentar o trabalho. Estamos agora buscando negociar novos contratos", afirma o diretor da Altus. 

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