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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Rede eléctrica inteligente em Ponta Delgada

Experiência-piloto vai ser implementada no princípio do próximo ano num bairro da cidade pelo projecto “ Green Islands”, permitindo aos moradores controlar a sua factura energética. Também vai ser possível em Ponta Delgada, no início de   11, testar um


gundo o responsável, houve desafios a ultrapassar neste projecto, admitindo que “ a conjuntura internacional não tem ajudado nada, pois as empresas retraíram-se um pouco”.
EDUARDO RESENDESProjecto da rede inteligente vai envolver famílias de um bairro de Ponta Delgada e os veículos eléctricos poderão ser testados por quem assim o desejar
Mas o projecto será importante, na medida em que permitirá comprovar a possibilidade de uma ilha se tornar “ quase 100% renovável, não só na geração de energia eléctrica ( aí j á temos o exemplo das Flores) mas também a nível da energia primária ( transportes, combustíveis e gás)”. E como será isso possível? Nuno Domingues explica: produzindo quase 100% de energia eléctrica, conseguindo que a maioria dos carros sejam eléctricos e que a água sanitária seja aquecida com recurso à energia solar, de modo a minimizar o transporte de combustíveis e de gás para o Corvo.
Cerca de 80 por cento dos relatórios dos grupos de investigação da Universidade dos Açores envolvidos no projecto “ tiveram comentário de excelência”.
Segundo Nuno Domingues, “ os avaliadores [ docentes do MIT e do MIT Portugal] foram unânimes em dizer que se conseguiu criar nos Açores uma massa crítica na área das renováveis”, tal como j á foi feito na área da i ndústria, com a EDA e a SOGEO.
Ora, a estratégia da equipa do “ Green Islands” tem sido projectar esse potencial no exterior, tendo apostado na celebração de protocolos com outros centros de investigação de renome mundial, além do MIT. Assim, já foi assinado um protocolo com um centro de energias renováveis com sede em Navarra ( Espanha) que tem investigação “ de ponta” desenvolvida na área das energias eólica e solar, e em breve será assinado um protocolo de cooperação com um laboratório de investigação de Nova Iorque, também com investigação na área das renováveis. Também o governo de uma província da China que está já investir nas energias renováveis já demonstrou interesse na oficialização de uma parceria.
A meta resume-se na frase do coordenador: “ hoje estamos a desenvolver projectos-piloto nos Açores, amanhã poderemos estar a desenvolver projectos-piloto liderados por estes centros de investigação - trazendo conhecimento para os Açores e dando a possibilidade da academia açoriana se projectar e vender serviços”.
No início do próximo ano o projecto de autonomização energética dos Açores - “ Green Islands” - começará a ter aplicação prática.
Concluída a fase de caracterização dos recursos das nove ilhas e o desenho dos projectos-piloto através dos quais se testarão as soluções de autonomização encontradas, arrancam no início do ano os projectos da rede i nteligente e da mobilidade sustentável, e em meados de 2011 o do Corvo “ Smart Island”.
Deste modo, começará por ser i mplementado, num bairro de Ponta Delgada, um “ projecto pequeno” de rede inteligente, revel ou Nuno Ferreira Domingues, coordenador do “ Green Islands” nos Açores. Os objectivos serão, por um lado, observar “ o verdadeiro impacto da microgeração na rede” e por outro, “ educar as pessoas para as vantagens de migrarem consumos do dia para a noite”, explicou o responsável, que acrescentou ainda que com a rede i nteligente as pessoas poderão controlar a sua factura energética, sabendo em tempo real o que está a ser consumido.
Também no início do ano será possível às pessoas, mediante inscrição, testar durante uma ou duas semanas um carro eléctrico. O projecto de mobilidade sustentável irá incluir ainda a instalação das infra-estruturas necessárias ao carregamento dos carros eléctricos e o desenvolvimento dos planos de mobilidade eléctrica nas nove ilhas dos Açores.
O projecto Corvo “ Smart Isl and” só mais tarde será i mplementado. Como explicou Nuno Domingues, “ o projecto do Corvo é mais demorado porque é um projecto bem mais i ntegrado e exige por i sso uma maturação maior”. Mas a expectativa é que o desenho do projecto esteja concluído a meio do próximo ano e que então avance, até porque, salvaguarda Nuno Domingues, há empresas interessadas nele. Se-

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