Linhão do Madeira vai atrasar ao menos três meses, estima Cteep
Empresa avalia que demora na emissão de licença ambiental já tornou impossível cumprir cronograma
Por Luciano Costa
O lote D do Linhão do Madeira, com 2.383 quilômetros de extensão, vai atrasar sua entrada em operação em ao menos três meses devido à demora na liberação das licenças ambientais pelo Ibama. A conclusão foi apresentada nesta quarta-feira (10/11) pelo presidente da Cteep, César Ramirez, durante teleconferência com analistas de mercado. A linha, que vai conectar uma subestação em Porto Velho, Rondônia, a outra em Araraquara, interior de São Paulo, vai escoar a produção das hidrelétricas de Jirau e Santo Antonio, que estão sendo implantadas no rio Madeira. A Cteep possui 51% de participação na Interligação Elétrica do Madeira, que ainda tem como sócios Furnas (24,5%) e Chesf (24,5%).
"Tínhamos como limite obter a licença (prévia) em agosto. E, se recebêssemos antes, estaríamos aptos a adiantar um pouco a operação. Agora, passando a data limite, cada mês adicional que demore a LI vai impactar, no mesmo tempo, o término do projeto", revelou o executivo.
Pelo contrato de concessão, a linha tem de estar pronta para funcionamento em fevereiro de 2012. Nas contas de Ramirez, é impossível concluir o projeto antes de maio. O executivo, porém, destaca que a Cteep não teme sofrer penalidades por parte da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), uma vez que a responsabilidade pelo atraso caberia ao órgão ambiental. Ainda assim, ele afirma que a companhia deve protestar junto ao órgão regulador.
"O fato é que o tempo de concessão é diminuído conforme passa o tempo para entrada em operação. Estaremos na Aneel tentando recuperar esse tempo de concessão. Porque com isso você deixa de receber receitas futuras", afirma Ramirez. Segundo o presidente da Cteep, as últimas conversas com o Ibama criaram a expectativa de que a licença prévia saia ainda neste mês de novembro, com a licença de instalação sendo liberada em dezembro.
Leilões
O presidente da Cteep também garantiu que a copanhia estará na disputa do leilão de transmissão que será promovido pela Aneel em 9 de dezembro. Serão 685 quilômetros de linhas e dez subestações na licitação, com previsão de investimentos da ordem de R$890,9 milhões.
O presidente da Cteep também garantiu que a copanhia estará na disputa do leilão de transmissão que será promovido pela Aneel em 9 de dezembro. Serão 685 quilômetros de linhas e dez subestações na licitação, com previsão de investimentos da ordem de R$890,9 milhões.
"Estamos olhando e vamos participar. Ainda não temos qual dos lotes (iremos disputar), mas certamente vamos estar no leilão", afirmou Ramirez. O executivo ainda lembrou que, como a maior parte dos lotes do certame é de pequeno porte, a Cteep deve acabar entrando sozinha nas licitações, sem se aliar a consórcios.
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